Surge a escrita. Trata-se de código capaz de transmitir e conservar noções
abstratas ou valores concretos, ou seja: palavras.
Os primeiros suportes utilizados para
a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio
o khartés - volumen para os romanos, que
consistia em um cilindro de papiro. O "volumen" era
desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria
das vezes. O mesmo cilindro podia conter várias obras, sendo assim chamado
de tomo.
O papiro consiste em uma parte da planta, que era, liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra líber libri, em latim, e posteriormente livro em português.
Aos poucos o papiro é substituído
pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem
do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O
"volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma
compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como
forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros
anos da Era Cristã.
Uma conseqüência fundamental do códice
é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando
definitivamente a obra com o livro.
O marco na Idade Média é o surgimento
do monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras,
herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos.
Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos.
Aos poucos livros começam a ser
escritos em língua vernacular, rompendo monopólio do latim na
literatura. O papel passa a substituir o pergaminho.
Os livros tornam-se cada vez mais portáteis, inclusive
os livros de bolso. Livros que passam a trazer novos gêneros como o
romance, as novelas e os almanaques.
Contemporaneamente, cada vez mais
aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais, seja
da enciclopédia. Novas mídias acabam influenciando e
relacionando-se com a indústria editoral: a música, a fotografia e
o cinema.
Já no final do século XX surge o livro eletrônico, Ainda não se pode dizer que ele é um continuar ou substituto (como dizem alguns) do livro típico, mas de qualquer forma ele vem ganhando seu espaço.
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